Diáspora africana — também chamada de Diáspora Negra — é o nome que se dá ao fenômeno sociocultural e histórico que ocorreu em países além África devido à imigração forçada, por fins escravagistas mercantis que perduraram da Idade Moderna ao final do século XIX, de africanos (em especial africanos de pele escura chamados pela cultura ocidental de negros ou afrodescendentes).
Contraste ao fomentado por interesses exploratórios, dominativos pelo arrefecimento do poder alheio ou etnocêntricos — internos ou externos — que se manifestam nas guerras de tribo e na anomia reais e estereotipadas do continente africano em si, na América e no território geral de influência passada ou contemporânea do Ocidente onde houve das colônias mercantilistas à base de escravos ao segregacionismo de oportunidades racista científico ocorreu um inverso.
Destituídos do que lhes conferia identidade quando escravizados, muitos negros da época da escravatura — privados que fossem das condições objetivas de prosperar na própria sociedade, do respeito como seres humanos e da chance de constituir família — se uniram por meio desse desatino, no perseguido ritualístico festivo e cerimonial na surdina das senzalas ou no sentimento libertário de revolta que acontecia no sul do que deu origem aos Estados Unidos, criando o que se pode equivaler a uma cultura afrolocal não necessariamente sectária mas — pouco raro via critério que foge às convenções comuns de institucionalidade — instituída.
O termo foi criado por historiadores, movimentos civis e descendência de ex-escravos recentes. A existência do fenômeno foi fortemente evidenciada pela luta da esquerda norte-americana em defesa do direito de minorias demográficas e sociais. Além disso, a queda do apartheid político, na África do Sul, também trouxe visibilidade à diáspora. Surgiram ainda ações afirmativas, de caráter compensatório e de novas tendências, que iam do “Black is Beautiful” até o consagrar de atletas, personalidades da mídia e artistas de pele morena ou preta no grande público.